
O governo federal informou que, nesta semana, atinge a marca de R$ 2,1 bilhões pagos no acordo de ressarcimento a 3,1 milhões de aposentados e pensionistas que sofreram descontos indevidos entre março de 2020 e março de 2025. Esses valores foram retidos por associações e sindicatos sem a devida comprovação de autorização dos segurados para a realização das cobranças.
Nesta nova fase do acordo, mais de 500 mil beneficiários que já haviam contestado os descontos e aguardavam a análise das respostas das entidades poderão aderir ao ressarcimento, informou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A adesão é necessária — após a contestação junto ao INSS — porque o governo firmou um acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF) para viabilizar a devolução dos recursos, mediante a abertura de um crédito extraordinário de R$ 3 bilhões.Play Video
A restituição é feita diretamente nas contas em que os beneficiários recebem seus pagamentos mensais, com correção pela inflação acumulada no período.
Segundo o INSS, pelo menos seis entidades utilizaram softwares para falsificar assinaturas ao responder às contestações de aposentados e pensionistas para justificar a legalidade dos procedimentos. Em muitos casos, também foram enviadas gravações de áudio como resposta, o que não é aceito como prova.
“Essas pessoas também estão sendo incluídas. São vítimas do que chamamos de ‘fraude da fraude’. Nós prometemos que ninguém ficaria de fora e estamos cumprindo”, afirmou o presidente do INSS, Gilberto Waller.
Exceção: Embora a contestação dos descontos junto ao INSS tenha sido permitida também pela central telefônica 135, a adesão ao acordo de pagamento não pode ser feita por este canal.
A contestação dos descontos junto ao INSS pode ser feita até 14 de novembro de 2025. Mesmo após essa data, a adesão ao acordo de ressarcimento continuará disponível para quem tiver direito.